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quinta-feira, 1 de maio de 2014

MEDICINA INTEGRATIVA E A HOMEOPATIA






"Segundo o Programa de Medicina Integrativa da Universidade do Arizona, Medicina Integrativa é aquela orientada para o restabelecimento da saúde, que leva em conta a pessoa como um todo (corpo,mente,espírito) incluindo seu estilo de vida. Um dos objetivos principais é incentivar a resposta inata de cura do próprio corpo. A medicina integrativa combina tratamento da medicina convencional (diagnóstico e tratamento) as abordagens complementares. 

O NCCAM (National Center for Complementary and Alternative Medicine) , dos EUA, agrupa as práticas complementares em quatro domínios: 
  • Medicina Mente-Corpo,
  • Práticas Naturalistas,
  • Práticas Manipulativas Corporais e
  • Medicina da energia.
Inclui também uma quinta classe que seriam os Sistemas Médicos Integrais. Esses são construidos sobre bases que envolvem teoria e práticas próprias, usualmente desenvolvidos à parte e anteriores à medicina convencional. Exemplos: a Medidina Chinesa, Ayurvédica, Medicina Antroposófica e Homeopatia.

Transpondo esse enfoque à nossa realidade, algumas universidades e hospitais de ponta brasileiros vem criando departamentos e grupos com esse tipo de abordagem. No entanto, o Glasgow Homeopathic Hospital sempre combinou uma  série de abordagens terapeuticas muito antes dos termos "Medicina Integrativa" e "Cuidados Integrativos". Por exemplo, no centro cirúrgico, já em 1930, cirurgiões e médicos homeopatas trabalhavam juntos, em benefício de seus pacientes. em 1999 foi inaugurada uma nova unidade onde se lê, em  uma placa na entrada: "Centre for Integrative Care. Glasgow Homeopathic Hospital".

Hahnemann criou a Homeopatia como resposta a uma ruptura pessoal ao modelo médico empregado na sua época. O modelo homeopático era uma antítese da visão fragmentada do ser humano e, talvez por falta de opção com o que se tinha, o único que dispunha de meios reais de cura completa de pacientes. Ao lermos o Organon, podemos observar como já no início do século XIX Hahnemann era moderno quando comparamos o seu  conteúdo com os conceitos de Medicina Integrativa descritos no início deste texto. Portanto, a Homeopatia intrinsecamente possui o conceito integralidade, como atesta o NCCAM.

A medicina desenvolveu-se tremendamente desde Hahnemann, o ocidente entrou em contato com racionalidades médicas do oriente e apareceram outras abordagens terapêuticas, as quais, de certa forma, preenchem lacunas que todas as formas de tratamento médico não conseguem totalmente contemplar. Ciente dessas deficiências, e em face a toda complexidade humana em relação ao binômio saúde/doença, não há mais razão para se manter a cisão original entre Homeopatia e qualquer outra terapêutica.

Precisamos  focar em dois aspectos, a visão inata da Homeopatia do homem como um sujeito integral e o intercambio com a medicina convencional, afinal, crescimento só se faz com pluralidade e integração."





créditos
                                                  (parte do Editorial do Informativo APH - Associação Paulista de Homeopatia - de jan/jun de 2014 -  Dr. Rubens Dolce Filho - Presidente da APH)