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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

PSICOLOGIA ANALÍTICA OU JUNGUIANA



Psicologia Analítica, também conhecida como Psicologia Junguiana ou Psicologia Complexa, é um ramo de conhecimento e prática da Psicologia, iniciado por Carl Gustav Jung o qual se distingue da psicanálise, iniciada por Freud, pela introdução dos conceitos de inconsciente coletivo, sincronicidade e individuação.

Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um sistema passado de geração em geração, vivo em constante atividade, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das incessantes incompreensões de seus críticos, composto por memórias herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização do psiquismo (comparáveis às condições a priori da experiência, de Kant). 

A psicologia analítica foi desenvolvida com base na experiência psiquiátrica de Jung, nos estudos de Freud e no amplo conhecimento que Jung tinha das tradições da alquimia, da mitologia e do estudo comparado da história das religiões, e as quais ele veio a compreender como autorepresentações de processos psíquicos inconscientes.
Quando Jung conheceu a obra de Freud, identificou-se com grande parte de suas idéias logo quis conhecê-lo. Ao se conhecerem, a admiração foi mútua, pois Freud rapidamente recebeu o jovem como seu colaborador e um dos defensores de suas idéias. Devemos lembrar que Freud enfrentava grande resistência do mundo científico às suas idéias e, em contrapartida, Jung já tinha reconhecimento no mundo acadêmico pelos seus estudos com associações de palavras que deram origem ao polígrafo e foram a base teórica experimental para a comprovação dos complexos. Freud, em sua obra, atribui este termo a Jung. A parceria durou pouco.

Conceitos fundamentais da Psicologia Junguiana


  • Arquétipo: na Psicologia Analítica, significa a forma imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se moldar. C.G.Jung usou o termo para se referir a estruturas inatas que servem de matriz para a expressão e desenvolvimento da psique.

  • Complexo: o conceito psicológico do complexo foi criado por Carl Gustav Jung para compreender os vários grupos de conteúdo psíquico que, desvinculando-se da consciência, passam a atuar no inconsciente, onde continuam numa existência relativamente autônoma, a influir sobre a conduta. E, embora possa ser negativa, essa influência também assumem características positivas, quando se tornam o estímulo para novas possibilidades criativas. 

  • Individuação: conforme descrita por Jung, é um processo através do qual o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implica uma ampliação da consciência. Através desse processo, o indivíduo identifica-se menos com as condutas e valores encorajados pelo meio no qual se encontra e mais com as orientações emanadas do si-mesmo. 
  • Eu ou ego: ego (al. ich, "eu") designa na teoria psicanalítica uma das três estruturas do modelo triádico do aparelho psíquico.
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  • Persona: (do latim persona), na psicologia analítica (Jung), é dado o nome de persona à função psíquica relacional voltada ao mundo externo, na busca de adaptação social.
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  • Sombra:  Sombra, em psicologia analítica, refere-se ao arquétipo que é o nosso ego mais sombrio.
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  • Sizígia: animus-anima: se refere aos opostos masculino-feminino na psique. Segundo a psicologia analítica, trata-se da personificação de uma produção espontânea do inconsciente. Como é inconsciente, esse arquétipo caracteriza-se pela sua autonomia em relação ao ego.
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  • Si-mesmo ou Self:  segundo Carl Gustav Jung, o principal arquétipo é o Si mesmo (ou Self). O Si mesmo é o centro de toda a personalidade. Dele emana todo o potencial energético de que a psique dispõe. É o ordenador dos processos psíquicos. Integra e equilibra todos os aspectos do inconsciente, devendo proporcionar, em situações normais, unidade e estabilidade à personalidade humana. Jung conceituou o Si mesmo da seguinte forma: O Si mesmo representa o objetivo do homem inteiro, a saber, a realização de sua totalidade e de sua individualidade, com ou contra sua vontade. A dinâmica desse processo é o instinto, que vigia para que tudo o que pertence a uma vida individual figure ali, exatamente, com ou sem a concordância do sujeito, quer tenha consciência do que acontece, quer não.”
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  • Tipos psicológicos: se apóiam na Teoria das Personalidades. A expressão "estruturas da personalidade" refere-se àquelas características estáveis da personalidade. As teorias da personalidade refletem a própria complexidade do ser humano e, oferecem, assim, sempre uma imagem parcial. 
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Sincronicidade

Sincronicidade é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado. Desta forma, é necessário que consideremos os eventos sincronísticos não a relacionado com o princípio da causalidade, mas por terem um significado igual ou semelhante. A sincronicidade é também referida por Jung de "coincidência significativa".
A sincronicidade difere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativos.

Inconsciente coletivo

Inconsciente Cole(c)tivo, segundo o conceito de psicologia analítica criado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, é a camada mais profunda da psique. Ele é constituído pelos materiais que foram herdados, e é nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que seriam comuns a todos os seres humanos.

créditos:
texto: wikipédia
imagem: parcial da capa do livro “O Homem e Seus Simbolos”, Carl Jung. Ed. Nova Fronteira

 


ORIENTAÇÃO

O ser humano tem capacidade infinita. Olhe-se, e seja pleno.



complemente sua leitura com: psicossomática